O Metaverso

Para entender o termo "Metaverso", é importante saber que ele foi utilizado pelo CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, há algumas décadas, mas sua primeira aparição foi no livro "Snow Crash", escrito por Neal Stephenson em 1992. Na obra, é descrito um espaço virtual coletivo que se integra com a realidade. Em 2019, o Facebook popularizou o termo com o lançamento do Facebook Horizon, seguido pelo META, que é conhecido atualmente.

O metaverso é uma rede de mundos virtuais que reproduz a realidade e permite a criação e interação em ambientes virtuais. Muitas empresas que investem nessa tecnologia são desenvolvedoras de jogos, o que é natural dada a proximidade das tecnologias envolvidas. As possibilidades no metaverso são infinitas, e não há limites para a criação de conteúdos. No entanto, como acontece com qualquer tecnologia emergente, o metaverso precisa de outras tecnologias para evoluir. O avanço da internet 5G, da inteligência artificial e dos headsets de realidade virtual são apenas alguns dos elementos que tornam possível a existência do metaverso.

Embora ainda seja vista pela maioria como uma especulação de mercado, o Metaverso é uma tecnologia que em breve fará parte do dia-a-dia de todos. Empresas em todo o mundo já estão investindo bilhões em seu desenvolvimento e evolução. Embora existam várias aplicações disponíveis para as pessoas experimentarem, como os jogos Fortnite, Roblox, entre outros, o Metaverso ainda está no início de sua trajetória promissora. As expectativas são positivas, já que as maiores empresas do mundo, não apenas as de tecnologia, estão investindo pesadamente nesse mercado, que deverá movimentar US $800 bilhões até 2023.

A medicina tem sido um dos mercados que tem investido significativamente no metaverso, com experimentos realizados para fornecer atendimento médico virtualmente. Além disso, o setor imobiliário tem explorado oportunidades no mundo virtual, oferecendo a venda de terrenos e imóveis no metaverso.

O Metaverso é um ambiente em constante evolução e tem atraído investimentos de diversos setores, como medicina e imobiliário. A comercialização de terrenos virtuais por valores milionários tem despertado a curiosidade de muitos, porém, ainda não se sabe ao certo o valor desses ativos. Além dos games, os NFTs estão sendo utilizados em diversos negócios, como o mercado de obras de arte virtuais. Embora haja algumas incertezas e desafios na compreensão dessas novas formas de valor, é inegável que o Metaverso oferece muitas oportunidades para explorar. Grandes empresas como Fortnite, EA, Netflix, Facebook, Microsoft, Amazon e outras têm investido pesado nessa tecnologia, o que torna essencial estar conectado a essa tendência do mercado.

Embora o Metaverso ofereça inúmeras possibilidades e oportunidades, é importante lembrar que toda nova tecnologia traz consigo riscos e desafios, e não é diferente com o ambiente virtual. Um dos maiores riscos é o de uma dependência excessiva, o que poderia levar a consequências graves se houvesse um colapso. Além disso, a falta de acesso ao metaverso pode excluir as pessoas da sociedade e da economia, levando a um possível controle populacional e de informações. Portanto, é fundamental que as leis sejam desenvolvidas e atualizadas de maneira apropriada, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil.

No mundo virtual do metaverso, as pessoas terão a possibilidade de interagir e desempenhar diversas atividades, como trabalhar, jogar, fazer compras, se divertir e muito mais. Acredito que, em um futuro próximo, o metaverso integrará completamente o mundo real e virtual, formando uma única realidade.

Por Jai Souza | CEO na MOOVInova Tecnologia e Inovação